É chegada a hora do Natal: a confraternização, o banquete saboroso, os abraços e a troca de presentes. Um dia tão esperado, que sua preparação começa logo no começo de dezembro com a Árvore de Natal. Um momento mágico onde todos se reúnem para escolher os melhores lugares para pendurar os enfeites e a melhor posição para o pisca-pisca, reservando um espaço considerável para os futuros presentes e cartões de Natal. Esse é o momento inicial, o momento onde o espírito natalino nasce e ao mesmo tempo morre.
A necessidade em “comprar” é tão alta que lojas, shoppings, ruas, igrejas, prédios públicos e até bancos começam a enfeitar seus ambientes inóspitos para esse momento tão esperado. A corrida é tão intensa que os centros comerciais deixam suas portas abertas quase que 24 horas por dia, os empregadores pagam as parcelas do 13º salário e as pessoas, como bons cordeiros, seguem o rebanho, como uma enorme romaria às lojas mais próximas.
Infelizmente, época de Natal é assim mesmo… Mas… não deveria ser!
O Natal traz consigo uma pausa, um anúncio de que o ano acabou e que devemos celebrar o nascimento de um novo amanhã e não um demorado pagamento de prestações. O Natal é um momento de reflexão e confraternização, seja com ou sem presentes. Bonito mesmo é ver toda a família reunida, compartilhando risadas e lembranças, celebrando mais um ano junta. O Natal tem uma força tão especial – muitos a chamam de espírito natalino – que é capaz de afastar as diferenças, aproximando pessoas que há muito estavam distantes.
Confesso que fico triste com essas situações. Não sou de dar presente, muito menos de ganhar, aliás, acho que isso é uma consequência, pois, se não presenteio, provavelmente não serei presenteado… Divagações à parte, é triste ver que um ritual tão bonito deu lugar ao presente no pé da árvore.
Feliz Natal e um ótimo 2014!